Entre os dias 26 de maio e 9 de junho, a Médio Tejo Edições e a sua chancela nacional, a Origami Livros, levaram ao Parque Eduardo VII 5 autores e 5 livros em 3 tardes marcadas por momentos e palavras especiais.

A 26 de maio foi lançado “na massa do sangue”, o romance vencedor da edição de 2017 do Prémio Literário do Médio Tejo. Nas palavras de Patrícia Reis, que assina o prefácio, este livro “não é apenas mais um livro, num mercado exausto de lançamentos”. É um livro especial, de uma autora com uma voz própria, que não vai atrás de modas e tendências. Um livro que nos agarra da primeira à última página.

Uma hora depois aconteceu o lançamento de “Singularidades de uma mulher de 40”. Da autoria de Elsa Ribeiro Gonçalves, marca a estreia na ficção da jornalista e conta “a história de Maria Helena, uma mulher comum que leva uma vida pacata e sem sobressaltos. É casada, tem dois filhos e um trabalho fixo num supermercado. Tem o sonho de ser cabeleireira, sonho esse que colocou na gaveta para se dedicar aos filhos. É uma boa esposa, mãe e filha. Faz tudo o que é esperado dela, mas não é feliz. Chama-se Maria Helena, mas podia ter qualquer outro nome. Podia ser qualquer mulher.” As palavras são de Maria Isabel Machado Mendes, autora do prefácio do livro.

Dia 2 de junho marcámos presença, desta feita com o lançamento do quarto livro de Ana Paula Costa, “O Azulador de Hortênsias”, o primeiro que nasce exclusivamente com a chancela Origami Livros, marca nacional da Médio Tejo Edições.
“Que parcela, das memórias que temos, foi na realidade vivida ou é uma construção? Há ou não uma narrativa com a qual crescemos e nos habituámos a conviver, acreditando ser a nossa?”
A apresentação esteve a cargo do jurista e escritor Álvaro Laborinho Lúcio, e partes do texto foram lidas pela atriz e encenadora Ana Paula Eusébio, do grupo de teatro TrêsMaisUm.

Ainda a 2 de junho, António Lúcio Vieira esteve presente na apresentação de “25 poemas de dores e amores”, vencedor na categoria de poesia na edição de 2017 do Prémio Literário Médio Tejo.
As palavras de Pedro Barroso no prefácio aconselham “a quem quer ler Lúcio Vieira: dispa-se de atitude e abra a porta do sentir. Sofra com ele tudo o que não foi e devia ter sido”. Lúcio Vieira é “um poeta de eleição e profundidade, um pintor do drama de existir.”
A atriz Ana Paula Eusébio, que se estreou nos palcos em criança pela mão de Lúcio Vieira, leu de forma emocionada dois poemas do autor torrejano: “às vezes as palavras chegam tarde” e “de força maior”.

A 88ª Edição da Feira do Livro de Lisboa fecha com “Chave Dourada”, literalmente. O vinho, receita centenária de famílias maçaenses, em conjunto com as “fofas”, doce típico, acompanhou Vera Dias António e o Presidente da autarquia, Vasco Estrela, na apresentação do seu livro “Mação, Retrato falado”, o primeiro livro da socióloga e simultaneamente o primeiro título a ser editado pela Médio Tejo Edições, em julho de 2017.
Nas palavras da autora, “Mação, Retrato falado” são as pessoas. No prefácio, pelas palavras de Carlos Geuifão, o livro “regista testemunhos autênticos e é um livro de leitura fácil e agradável, escrito em estilo coloquial e simples, sem a poluidora adjetivação e vaidosos considerandos, tantas vezes usados e próprios de quem, para ser visto e aplaudido, ‘sobe no escadote’ sempre que escreve ou fala.”

A Médio Tejo Edições agradece a todos quantos tornaram possíveis estes dias inesquecíveis na 88ª Feira do Livro de Lisboa.
Deixamos especiais agradecimentos aos nossos autores, aos leitores que se juntaram a nós nesta grande festa dos livros, e a todos os que nos apoiam e incentivam a continuar este sonho de palavras feito.