Patrícia Fonseca é jornalista profissional desde 1995. Iniciou a carreira na revista Visão, entre 1999 e 2001 foi grande-repórter da revista Focus e, entre 2001 e 2003, produtora editorial da revista Egoísta. Regressou aos quadros da Visão em 2003, onde foi Grande-Repórter e enviada especial a vários pontos do mundo. Foi editora de Sociedade entre 2012 e 2017, passando depois para a secção Internacional, editando também a versão portuguesa da Courrier Internacional, até 2019. Em 2020 saiu da revista Visão para se dedicar a tempo inteiro à sua editora e à direção do jornal regional mediotejo.net.

Ao longo dos últimos 25 anos muitas das suas reportagens foram premiadas, a nível nacional e internacional, destacando-se o Prémio Revelação em Reportagem do Clube Português de Imprensa, o Prémio Reportagem Maria Lamas/Comissão para a Igualdade e para os Direitos da Mulher, o Prémio Novartis Oncology, o Prémio Europeu de Saúde da Comissão Europeia, bem como menções honrosas no Prémio Francisco Sousa Tavares, da Ordem dos Advogados, no Prémio de Reportagem Cáceres Monteiro, no Prémio Corações Com Coroa ou a nomeação para o Prémio Bayeux-Calvados para correspondentes de guerra.

Foi enviada especial a países como a Bósnia-Herzegovina, África do Sul ou Haiti, fez a cobertura dos atentados terroristas em Madrid, em 2004, e acompanhou de perto os conflitos no Médio Oriente (Israel, Palestina, Líbano) durante duas décadas.

A sua cobertura da guerra de Gaza, em 2009, foi nomeada como uma das dez melhores reportagens do ano a nível mundial, no prestigiado prémio Bayeux-Calvados (Normandia), que distingue anualmente as melhores reportagens em cenários de conflito.

Em reportagem no Haiti.

Nasceu em 1973, em Coimbra, mas sente-se ribatejana: cresceu na vila de Tramagal, onde regressa sempre que pode. Entrou num curso profissional de jornalismo enquanto esperava por uma melhoria de nota para estudar Medicina. Acabou por apaixonar-se pela profissão e só voltou à universidade muitos anos depois (Licenciatura e Pós-Graduação em Jornalismo, Escola Superior de Comunicação Social/ISCTE-IUL). Estudou também nos EUA (Washington University/Committee of Concerned Journalists), como bolseira da Fundação Luso-Americana. 

Gosta de plantar árvores, legumes e flores. É mãe a dobrar e escreveu quatro livros: Índia, Rituais da Terra Sagrada, sobre o Maha Kumbh Mela, cerimónia hindu de purificação no rio Ganges; Safira, que narra a história da luta de uma família pelo direito de escolha do tratamento médico da sua filha; Nas Asas de Uma Borboleta, a biografia do visionário industrial Eduardo Duarte Ferreira (1856–1948) e MDF 1879-1987, Uma História em Constante Metamorfose, sobre a fábrica que Duarte Ferreira criou.

No Museu MDF, a autografar o livro sobre a história da fábrica que ali existiu durante mais de 150 anos.

Este trabalho tornou possível avançar com a criação de um museu nas antigas instalações da metalúrgica, no Tramagal. A investigação de Patrícia Fonseca recebeu uma menção honrosa da Associação Portuguesa de Museus. e o Museu MDF foi eleito “Melhor Museu do Ano”, em 2018. 

Em 2015 fundou a Médio Tejo Edições, uma editora vocacionada para a publicação de obras relacionadas com a história e cultura da região do Médio Tejo, no Centro do país. A editora revela anualmente novos autores regionais, nas áreas do romance, poesia e não-ficção, promovendo um prémio literário. É também diretora do título mediotejo.net, jornal digital regional com uma audiência média mensal de 250 mil leitores – no primeiro trimestre de 2022 foi o terceiro jornal regional mais lido do país (dados da Marktest) –, distinguido pela Sapo nos Prémios Media Digital como “Melhor Jornal Regional”, em 2020, e selecionado a nível internacional para integrar o projeto Newspack, financiado pela Google News Initiative, que visa dar as melhores condições tecnológicas a jornais  independentes que se destaquem pela excelência dos seus conteúdos.